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Fosfolípidos

MECANISMO DE AÇÃO

Fosfolipase A2

Ácido Araquidónico

Cicloxigenase

Cox 2

indutiva

Cox 1

constitutiva

5-lipoxigenase

Leucotrienos

B4, C4

Prostaglandinas

Como anti-inflamatório não esteroide (AINE) que é, o Diclofenac apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética. Os mecanismos de ação pelo qual tem estas atividades não são totalmente conhecidos. No entanto deve-se essencialmente à inibição da síntese de prostaglandinas, tal como acontece com os outros AINEs.

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O Diclofenac inibe tanto a cicloxigenase-1 (COX 1) como a cicloxigenase-2 (COX 2) inibindo a via do ácido araquidónico, o que impede a síntese de prostaglandinas (mediadores inflamatórios). Os efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos associam-se à inibição da COX 2. A inibição da COX 1 parece estar associada ao aparecimento de efeitos indesejáveis na mucosa gastrointestinal e na agregação plaquetária. Como é mais específico para a Cox 2, o Diclofenac apresenta uma toxicidade gastrointestinal relativamente baixa comparativamente com outros AINEs.

 

Têm sido propostos mecanismos de ação alternativos para o Diclofenac entre os quais a modulação dos níveis de ácido araquidónico, a inibição da síntese de leucotrienos, como o leucotrieno C4 e o ácido 5-hidroxieicosatetraenóico (5-HETE), e a inibição da fosfolipase A2 (PLA2), nenhum dos quais ainda totalmente esclarecido.

 

Ao impedir a metabolização do ácido araquidónico pelas COX, este iria acumular-se e reagir com lipoxigenases, o que levaria à formação de entidades pró-inflamatórias alternativas, os leucotrienos, principalmente ao nível do estômago, onde níveis elevados de leucotrienos podem ter um papel na promoção da irritabilidade do revestimento do estômago. No entanto como o Diclofenac parece inibir a síntese de leucotrienos este efeito não se verifica.

 

A inibição mediada pelo Diclofenac da PLA2 pode ter um papel farmacológico importante na prevenção da inflamação, uma vez que as PLA2 segregadas podem promover a inflamação, tanto através da produção de eicosanóides como através da ativação direta de células pro-inflamatórias.

 

Por conseguinte, para além da necessidade de mais estudos pré-clínicos para confirmar os mecanismos de ação alternativos e emergentes do Diclofenac, serão também necessários ensaios clínicos para demonstrar o benefício clínico destes novos mecanismos de ação.

Ácido 5-hidroxieicosatetraenóico

Diclofenac

Diclofenac

Diclofenac

Diclofenac

Lipoxigenase

Figura 1. Mecanismo de ação do diclofenac, adaptada de Gan, Tong J. "Diclofenac: an update on its mechanism of action and safety profile." Current medical research and opinion 26.7 (2010): 1715-1731.

Referências Bibliográficas

[1] https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/f?./temp/~hfmt5N:3 (acedido em 08/04/2017)

[2] Gan, Tong J. "Diclofenac: an update on its mechanism of action and safety profile." Current medical research and opinion 26.7 (2010): 1715-1731. Pode ser consultado em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20470236

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