A ingestão de pequenas quantidades de diclofenac é improvável que requeira tratamento, uma vez que a maioria dos pacientes desenvolve apenas efeitos gastrointestinais moderados e é autolimitado. A ocorrência de toxicidade severa após ingestão de diclofenac é rara, mas a identificação e o tratamento de pacientes com ingestão massiva em risco de desenvolver efeitos neurológicos, efeitos renais e acidose metabólica, é importante. Os sintomas de toxicidade após ingestão de quantidades elevadas de uma forma farmacêutica padrão ocorrem normalmente 4 horas após a ingestão.

 

O controlo da intoxicação por diclofenac é essencialmente de suporte e sintomático, uma vez que não existe antídoto. A estabilização inicial consiste em assegurar a respiração e a circulação. Para a descontaminação gastrointestinal, poderá administrar-se carvão ativado até 1 hora após ingestão de quantidades elevadas do fármaco.

​

Pacientes sintomáticos ou que tenham ingerido de elevadas quantidades de diclofenac devem efetuar análises ao sangue, de forma a conhecer parâmetros como a contagem total do sangue, coagulação, eletrólitos, função renal, função hepática e status ácido-base.

​

Pacientes com vómitos ou desidratados devem receber fluidos oralmente ou por via intravenosa para manter a perfusão renal. Pacientes com acidose metabólica severa devem receber solução de bicarbonato de sódio intravenosa. Convulsões associadas com intoxicação por diclofenac podem ser controladas com benzodiazepinas intravenosas. Pacientes com overdose aguda de diclofenac com sintomas gastrointestinais persistentes que não passam algumas horas após a ingestão, podem receber a curto prazo um inibidor da bomba de protões como o omeprazole ou o lansoprazole.